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Para que possamos compreender a atualidade, precisamos saber o que nos trouxe até aqui. E, como é de praxe em fins de ano, a mídia nos presenteia com a Retrospectiva do ano que finda, fatos e acontecimentos que ficaram marcados na história de toda uma nação, que serão lembrados durante um bom tempo, quem sabe eternamente (porque não?).
A separação do tempo em dias, meses e anos, consequência dos movimentos astrais e seus efeitos naturais sobre o planeta, nos possibilitou encapsular o estado existencial da imanência vívida da realidade – ou o Dasein de Heidegger – com objetivos de compreendermos a história, a sociedade e a nós mesmos, e assim, evoluirmos.
A “3ª. Lei de Newton”, ou “Princípio da Ação e Reação”, postula que para cada ação há uma reação de igual valor e com sentido contrário. Como em todo o universo, na sociedade esta lei da física também se aplica. Para cada fato há um contra fato, uma compensação. Os movimentos sociais são como organismos vivos, que se auto imunizam de motivações e forças de reação quando sofrem situações de injustiça. Esse tipo de acontecimento gera energia na sociedade para contrabalancear o status quo de desequilíbrio, o que tende a produzir condições internas para um novo fato social, que tende à harmonização homeostática da coletividade.
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Wilhelm Dilthey pautou-se pelos fatores da natureza humana para explicar como os fenômenos culturais influenciam as mudanças históricas.
Em “A Razão na História – Uma Introdução Geral à Filosofia da História”, Hegel define História como “o desenvolvimento do Espírito no Tempo, assim como a Natureza é o desenvolvimento da Ideia no Espaço”.
Fazer uma Retrospectiva significa ler a história, a sociedade e a si mesmo, significa energizar a auto compreensão do Homem no Agora coletivo, assumir a consciência sobre os inter relacionamentos dos objetos condicionantes sociais – as Ideias no Espaço –, desanuviar esse estado de harmonização caótica de causalidades, compreender a lógica da escrita constante da vida – o presente e o seu progredir infinito – e analisar o “Espírito da Época” da humanidade em função da natureza/sociedade imanente numa fatia do plano multidimensional espaço temporal deste universo conhecido.
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